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Em uma entrevista exclusiva, Padre Carlos, integrante do grupo, nos conta como foram as iniciativas para que hoje em dia acontecesse o reisado para celebrar em Piquiá: "Em 1985 quando cheguei no Brasil, no natal, eu conheci essa experiência que me fascinou. Foi uma tradição trazida pelos portugueses e que em alguns lugares por onde passei tive a oportunidade de conhecer. Quando cheguei aqui em Piquiá fui atrás de saber se as pessoas sabiam de algo relacionado, encontrei algumas pessoas que também tiveram contato com a celebração, só que em outros locais, então fui convidando e propondo até formarmos um grupo que permaneceu firme. E o evento é muito importante na vida das pessoas, pois resgata também uma magia natalina e não deixa a data passar 'batida'."

Os bricantes vão cantando pelas ruas do bairro com tochas, tambores, pandeiros e três membros que vão vestidos como reis e carregam em uma caixa de madeira as imagens dos Santos Reis ao redor do presépio do Menino Jesus.
Dona Maria, também moradora de Piquiá, enfatizou que participou de todas as noites de festejo, pois considera a tradição muito bonita: "Seria bom que nunca acabasse, quem conhece admira [essa tradição], e é uma coisa muito boa e saudável para participar. Sempre vou e pretendo continuar participando, e espero que mais pessoas possam vir com a gente".
Essas vozes refletem a importância da festividade para a comunidade de Piquiá, que podemos entender também como um resgate das memórias dos participantes que, vindo de diferentes lugares, encontram no reisado um elo entre suas tradições, suas recordações de juventude ou memórias afetivas de um lugar. Desta forma, ao percorrer as ruas do bairro, o reisado carrega consigo tradição e história e se torna um ponto de encontro e vivência do Natal para a comunidade.
Por Cecília Maria e Angleane Gomes
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